A percepção geral sobre vinhos brancos é que devem ser bebidos jovens; ou seja, vinhos brancos não envelhecem bem. É aceito que alguns brancos fogem à regra, como certos Montrachet, Jura ou Alsace. Mas e os outros? será mesmo? Para testar a idéia, na reunião de 4 de maio de 2023 degustamos três vinhos antigos, a saber:

  1. Bodegas El Porvenir, Laborum Torrontés 2004 (Cafayate, Salta, Argentina), 13,5°. Com intensa cor amarelada, conservando ainda um tênue aroma reminiscente da casta. Vinho inteiro, um pouco licoroso, algo de nozes. Excelente, gastronômico, o melhor da noite.
  2. Oremus, Tokaji Dry Furmint Mandolás 2007 (Tokay, Hungria), 13,5°. Vinho de uma casta mais conhecida na elaboração dos Tokay doces. Algo menos licoroso do que o precedente, também menos aromático, mas muito bom, igualmente gastronômico.
  3. Viu Manent, Chardonnay 2008 (Valle de Colchagua, Chile), 14,5°. Estava muito bom, com cor dourada, dos três vinhos foi o que mais evoluiu. Bastante licoroso; para alguns dos confrades foi o melhor da noite.

Três vinhos brancos com quinze anos ou mais, e que deram alegrias aos degustadores.

Como espumante de boas-vindas, uma bela surpresa, o Castellamare Brut Rosé da Cooperativa Vinícola São João, de Vila Jansen, Farroupilha. Elaborado com uvas Chardonnay e Pinot Noir, muito agradável, e de excelente relação custo-benefício.