A SBAV/RS retoma, gradativamente, seus trabalhos na sede, a partir da reunião do Grupo das Quintas-feiras, em 9 de setembro de 2021, com a presença de oito confrades. Na ocasião, foi distribuído o seguinte texto:

Nesta retomada dos trabalhos das Quintas, após o longo recesso da Pandemia, vamos estudar uma casta pouco conhecida, a Alicante Bouschet. Esta casta vinífera foi desenvolvida na França em 1866 por Henri Bouschet, sendo um cruzamento de Grenache e Petit Bouschet (esta última sendo um cruzamento de Teinturier du Cher e Aramon, desenvolvido por Louis Bouchet, pai de Henri). O objetivo destes trabalhos foi obter uma variedade de uva, vinífera, cujo mosto tivesse muita cor, e que fosse muito produtiva. De fato, a Alicante Bouschet é uma das poucas viníferas que é tintoreira (ou tintureira), isto é, não só a casca contém pigmentos de antocianas, mas também a polpa; e o rendimento chega a 80 toneladas por hectare. Estas características são usadas por produtores para dar cor a vinhos de cortes de qualidade corrente. No entanto, bem manejada, com rendimentos controlados, esta casta produz vinhos distintos, densos, que muitas vezes exigem longa guarda. As maiores produções estão na França, Espanha e Califórnia, mas a região de produção mais famosa é o Alentejo, onde a casa Mouchão produz um vinho de exceção. No Brasil há um pequena produção na Serra Gaúcha e em Viamão.

Esta noite iremos degustar quatro vinhos da vinícola Pizzato, do Vale dos Vinhedos:

1. Alicante Bouschet 2004, 13°

2. Alicante Bouschet 2017, 13,5°

3. Cabernet Sauvignon 2017, 13°

4. Alicante Bouschet 2019, 13,5°

Os três últimos vinhos serão servidos às cegas, para testar a capacidade de reconhecimento da casta, dados dois vinhos de mesma idade e um vinho mais jovem, todos do mesmo produtor.

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Vinhos muito bons! o 2004 surpreendeu muito, não mostrava os seus 1 7 anos. Dada extrema tipicidade da casta Alicante, não foi difícil, para a maioria dos presentes, reconhecer o Cabernet.