A noção de “tato gustativo” foi debatida em degustação de 5 de julho de 2007, para doze associados. A expressão evoca “apalpar o vinho com a língua”. Em francês antigo, “tâtevin”, que tinha o acento circunflexo substituído por um “s”, ficando “tastevin”, embora a pronúncia não tivesse o “s”. A palavra, levada para o inglês, mal-traduzida, virou “taste”, “to taste the wine” que tem o significado, mais limitado, de sentir o gosto (lição de francês, em degustação na Bourgogne, viagem SBAV 2007). Foram servidos, às cegas, seis vinhos. O organizador, associado Jorge Ducati, informou que eram de duas cepas, com origem em países diferentes, e que eram cinco vinhos de uma cepa, e somente um da outra. No entanto, teriam o “tato gustativo” semelhantes. O desafio não era identificar as cepas, mas somente identificar qual o vinho da cepa minoritária. Em mais uma lição de humildade, verificou-se que o vinho da cepa minoritária (Tempranillo) não foi identificado por nenhum degustador. Em um segundo momento, após a revelação de quais eram as cepas (Cabernet Franc e Tempranillo), ainda não houve a identificação correta, demonstrando a tese da semelhança destas duas cepas. Os vinhos foram os seguintes, na ordem de serviço:
1. Saumur-Champigny CF 2003, 12,5º, Loire – R$ 55,00 (o mais fraco da noite)
2. Angélica Zapata CF 2002, 14º, Mendoza – R$ 80,00 (ótimo)
3. Pulenta CF 2002, 14,5º, Mendoza – R$ 65,00 (ótimo)
4. Zuccardi Q Tempranillo 2003, 14,5º, Mendoza – R$ 85,00 (excelente)
5. Valmarino CF 2002, 12,5º, Pinto Bandeira – R$ 23,00
6. Valdivieso Premium Single Vineyard CF 2004, 14º, Colchagua – R$ 56,00 (o melhor da noite)