Malbecs: de que país? foi o tema da degustação às cegas, organizada pelo confrade Leonardo Schreiner, estreante como coordenador de reunião em 28 de julho de 2016. E estreou muito bem, pois com ótimos vinhos conseguiu mostrar que a diversidade de produtores de Malbecs converge para uma identidade sensorial que confunde os degustadores. Neste caso, sendo degustação às cegas, foi dada a informação de que eram cinco vinhos de quatro países, com a particularidade de que um dos vinhos era bi-nacional, sem maiores explicações do que isto quer dizer. Perguntava-se quais os países, e qual o vinho bi-nacional. Houve grande diversidade nas respostas, e o número de acertos foi pequeno, pois os vinhos, além de muito bons, eram muito parecidos. Para se ter uma idéia, a confrade Madeleine Hilbk ganhou, com dois acertos. Os vinhos, acompanhados por um estupendo cassoulet preparado pela Madeleine, foram os seguintes:

1. Santiago Queirolo, Intipalka Malbec, Valle de Ica, Peru, 14,5°;

2. Zuccardi Malbec Serie A 2014, Valle de Uco, Mendoza, 14°;

3. Almaúnica Malbec Reserva 2012, Vale dos Vinhedos, Brasil, 13,5°;

4. Villagio Grando, Malbec 2011. Trata-se do tal vinho “bi-nacional”, que no caso é um produto com o rótulo da vinícola Villagio Grando, de Água Doce, Santa Catarina, Brasil, mas elaborado em Maipú, Mendoza, Argentina, pela Viña El Cerno. Bom vinho, 14°;

5. Viu Manent, Gran Reserva Malbec 2012, Valle de Colchagua, Chile, 14°;

As opiniões sobre o melhor vinho ficaram divididas entre o Almaúnica e o Villagio Grando.

Como espumante de boas vindas, tivemos um original Don Guerino brut Malbec Rosé, de Alto Feliz, RS, 11,5°, muito bom, também degustado às cegas, e igualmente sem nenhuma identificação correta. Mais uma vez, degustação às cegas é lição de humildade.