Na segunda-feira, 11 de setembro de 2023, numa iniciativa do confrade Paulo Gross, do Grupo das Segundas, a SBAV/RS recebeu o enólogo Eduardo Strechar, um dos proprietários da Cata Terroirs. É uma bela história, que começou com ida de Eduardo à Austrália para surfar e aprender inglês, e eis que dois anos e meio após temos Eduardo formado em Viticultura e Enologia e entrando no Mundo dos Vinhos. Junto com André Marchiori foi fundada a Cata Terroirs, com sede em Santa Catarina, elaborando vinhos com uvas de vinhedos escolhidos cuidadosamente, em SC, no Rio Grande do Sul e no Chile. Foi uma noite memorável, com vinhos excelentes apresentados por um jovem entusiasmado, muito bem formado e ótimo comunicador. No Brasil, os vinhos são elaborados por Eduardo na Vinícola Santa Augusta, em Santa Catarina. Os vinhos foram os seguintes:

  1. Cata Terroirs, Chenin Blanc 2022, 12,3°. Uvas dos vinhedos do confrade Paulo Gross, em Faria Lemos, RS, provavelmente o único vinhedo desta casta no Brasil. Excelente vinho, verdadeira expressão da casta, lembra muito um Savennières, com um pouco mais de fruta.
  2. Cata Terroirs, Chardonnay 2021, 13,5°. Elaborado com uvas do Valle del Itata, próximo a Concepción, Chile. Também excelente, com toques de cremosidade derivados dos 12 meses de maturação sobre borras.
  3. Gran Cata Terroirs, Alvarinho 2021, 14°. Uvas do vinhedo de Paulo Gross, em Faria Lemos. Outro vinho excelente, legítimo Alvarinho que passou 14 meses em barricas de 600 litros.
  4. Cata Terroirs, Pinot Noir 2021, 13,4°. Uvas da RASIP, Vacaria, RS. Muito bom, belo Pinot, madeira discreta não obstante os 12 meses em barricas de 500 litros.
  5. Cata Terroirs, Sangiovese 70%/Cabernet Sauvignon 30% 2021, 13°. Uvas de Urubici e São Joaquim, SC. Excelente vinho, com 14 meses em carvalho francês.
  6. Gran Cata Terroirs, Malbec 2019, 13°. Uvas de Urupema, SC. Um Malbec diferente dos argentinos e chilenos aos quais estamos acostumados; não podia deixar de ser, tratando-se de um vinhedo a 1350 metros na Serra Catarinense, um outro terroir. Mas saímos ganhando, um belo vinho, mais leve, elegante, sem aquele excesso de frutas e compotas tão típicos das regiões andinas. Após uma fase inicial de espanto, os Malbecs de “clima frio” estão conquistando seu merecido espaço.

Em suma, foi uma excelente degustação, parabéns ao confrade Paulo Gross pela iniciativa e ao Eduardo pelos vinhos.