A Grande Reunião de Abertura Anual das Quintas – GRAAQ 2020 realizou-se em 5 de março de 2020, para onze confrades e convidados. Na ocasião, foi distribuído o seguinte texto:
Vinhos de Dez Anos (ou mais)
Quando, com quantos anos, um vinho está na sua plenitude?
Depende. Depende do tipo de vinho, das componentes que definem o equilíbrio: álcool, taninos, acidez. Depende também das condições de guarda. E depende de fatores imponderáveis, o mistério do vinho. A própria evolução de um vinho, na garrafa, é variável: a partir de certa idade, não se diz “este vinho está bom”, mas sim “esta garrafa está boa”, ou seja, cada garrafa seguiu uma vida própria. Nosso objetivo é verificar se estes vinhos evoluíram bem. Há algum estragado? Quais os que ainda poderiam ficar em garrafa? Quais os melhores?
Nesta reunião vamos degustar os seguintes vinhos:
1. Luiz Argenta, Brut Rosé (~2005), Flores da Cunha, RS, 13°.
2. Ventisquero, Sauvignon Blanc Reserva 2003 (Valle de Casablanca, Chile), 13,5°.
3. Masi, Brolo Campofiorin Oro 2009 (Rondinella e Corvina – Rosso del Veronese IGT, Itália), 14°.
4. Zimbro Gran Reserva 2007 (Touriga Franca, Tinta Roriz, Touriga Nacional – Douro, Portugal), 13,5°.
5. Juanicó, Don Pascual Roble Tannat 2004 (Canelones, Uruguay), 13,5°.
6. Angheben, Cabernet Sauvignon 2010 (Encruzilhada do Sul), 13°.
7. Villa Francioni, Licoroso Tinto 2004 (Cabernet Sauvignon – São Joaquim, SC), 17,5°.
A degustação foi acompanhada por um excepcional caldo de ervilhas com carnes e embutidos, trazido pelo César Leal (preparado por ele e Ondina), e sobremesa de tiramizu.
Os vinhos foram excelentes, a começar pelo espumante de quinze anos, de cor rosada escura, perlage discreta, tons de café, delicioso, surpreendente, talvez o melhor vinho da noite. Também excepcional foi o Ventisquero, um vinho branco com dezessete anos e que esteva inteiríssimo. Os tintos também estavam ótimos, com destaque menor para o Tannat, embora estivesse muito bom. Finalmente, o vinho de sobremesa, com dezesseis anos, estava ótimo.