Nestes tempos bicudos, a palavra corrupto tem assolado nossas mentes, e o estudo do vinho muitas vezes oferece um refúgio. Mas não é que a palavra chegou ao mundo dos vinhos? Mas não é nada grave, felizmente. Trata-se de uma linha de “vinhos de autor” do Chile, com nomes pitorescos, elaborados pelo casal Lorena e Damien. Não há muitas informações, mas aparentemente pelo menos parte das uvas são de vinhedos próprios. Produções pequenas, de 1480 garrafas, o que corresponderia a cinco barricas. No Brasil são distribuídos pela Charbonnade e em Porto Alegre são encontrados na Vinho e Arte a R$ 90,00. Em reunião de 17 de maio de 2018 pudemos degustar os seguintes vinhos:
1. Laurent, Inocente Carmenère 2015 (Valle del Maipo), 14°. Típico representante desta casta e da maneira que os chilenos têm de elaborá-la.
2. Laurent Generoso Syrah 2015 (Valle de Curicó), 14°. Muito bom, o melhor da noite.
3. Laurent Corrupto Cabernet Sauvignon 2015 (Valle del Maipo), 14°. Também típico CS, com alguns toques de pirazina. Bom vinho.
A bodega ainda elabora o Culpable (Pinot Noir), o Clandestino (Petit Verdot), e o Insolente (Viognier), além de vinhos de mais alta gama.
Degustação interessante para relembrar o estilo chileno. Sem discussões políticas.
Como espumante de boas vindas o confrade Paulo Kronbauer trouxe um Casa Valduga Sur Lie Nature, sem dégorgement, 12°, do Vale dos Vinhedos. Temos visto e degustado este tipo de espumante com as borras, elaborado por vários produtores da região. Uma tendência com seus apreciadores. Em todo o caso, este espumante em particular estava muito bom, o gosto das borras discreto, pouco turvo.