Desta vez as Quintas botaram para quebrar. Chega de convenções! vinhos diferentes! e ainda mais, bons! bem, mais diferentes do que bons, mas perfeitamente desfrutáveis. Tudo isto em 3 de novembro de 2016, quando alguns confrades trouxeram o que tinham de exótico. Os dois primeiros o Mário Bercht trouxe de Santorini; o terceiro, oferecido ao Niels por sua prima da Dinamarca; e os dois últimos, garimpados pelo Ducati aqui no Brasil e no Uruguai:
1. Gavalas, Nykteri 2015 (Assyrtiko, Athiri, Aidani). Belo vinho branco seco de Santonini, muito agradável; 13,5°, 25 euros.
2. Halaris Thomas, Assyrtiko Santorini 2013. Outro bom branco seco, mais frutado. 13°, 25 euros.
3. Dyrehoj Vingaard, Solaris 2014, 14°. Wikipedia: “Solaris is a variety of grape used for white wine. It was created in 1975 at the grape breeding institute in Freiburg, Germany by Norbert Becker by crossing the variety Merzling (which is Seyve-villard 5276 x (Riesling x Pinot gris)) as mother vine with Gm 6493 (which is Zarya Severa x Muscat Ottonel) as the father vine.” E o vinho é ótimo, um delicioso branco muito aromático. Segundo o Niels, é a maior vinícola da Dinamarca, com 28000 plantas. Baita vinho.
4. Chateau Ksara, Le Prieuré 2010 (Cabernet Sauvignon, Carignan, Mourvèdre e Cinsault), 13°. Excelente, corpo médio.
5. Toscanini, Rendibú Vino de Solera, Paso Cuello, Canelones, Uruguai (Chardonnay, Sauvignon Blanc), 15,5°. Vinho de aperitivo uruguaio muito interessante, levemente adocicado, com notas que remetem ao oxidado, provavelmente devido, segundo o que narra a contra-etiqueta, a procedimento de Solera (“el Sol y el aire”).

Para rebater, o Ducati trouxe dois vinhos oferecidos pelo entusiasta James Martini Carl, que está implantando vinhedos de variedades originárias da Geórgia aqui no Rio Grande do Sul. Enquanto as plantas crescem, James vai fazendo experimentos com castas mais convencionais, utilizando métodos próximos aos dos chamados “vinhos naturais”. Tivemos um branco e um rosado, se bem que estes descritores, nestes casos, têm nuances. Vinhos diferentes; nota-se bem que a vinificação seguiu outros itinerários, e o resultado é um pouco desconcertante para quem está habituado a outros rumos vinícolas. De qualquer modo, vinhos sãos, possivelmente gastronômicos dentro de um conceito de harmonização. A serem seguidos. Tivemos os seguintes vinhos:

Negroponte Vigna (Aglianico, Viognier).
Negroponte Vigna Olaria dos Beijos 2016 (Pinot Noir, Lagrein, Alvarinho), 12°.