Degustações às cegas sempre são uma lição de humildade, e nesta reunião de 17 de agosto de 2022 tivemos mais uma prova disto. Desta vez, o confrade André Gomes, para um grupo de nove participantes, trouxe preciosidades de sua adega pessoal para testar nossa percepção sensorial. Às cegas, experimentamos cinco vinhos, sabendo apenas que eram monovarietais e que vinham de três países. Como sempre, houve grande diversidade de opiniões, mas ninguém acertou; sòmente na última hora apareceu a sugestão de Nebiollo, sem grande certeza. Bem, estamos aqui para aprender. Os vinhos foram os seguintes:
- Ca’ del Baio, Barbaresco DOCG Vallegrande 2016, 15°.
- Vietti, Langhe DOC Nebbiolo 2015, 13,5°.
- La Biòca, Barolo DOCG Aculei 2006, 14°.
- Carrau, Vilasar Nebbiolo 2002, 13,5°.
- Lídio Carraro, Singular Nebbiolo 2013, 14,9°.
Como se vê, os três primeiros vinhos italianos, o quarto uruguaio, e o quinto da Serra do Sudeste, Rio Grande do Sul. O que dizer dos vinhos? Os italianos, excelentes, ainda com amplo potencial de guarda. O Vilasar estava muito bom, na opinião de alguns já algo evoluído. Já o Singular decepcionou, em especial porque foi de longe o vinho mais caro, R$690, o que é sem dúvidas um exagero, sem entregar uma experiência que valesse o preço.
Como espumante de entrada tivemos um ótimo Don Guerino Nature Blanc de Blancs; esta vinícola da Serra Gaúcha está evoluindo em seus produtos.
Ainda tivemos sobremesa com um vinho de acordo, um belo Porto Dom José Ruby, da Real Companhia Velha. Mesmo sendo um Porto mais de entrada, foi muito apreciado, mérito da tradicional casa do Douro, que sabe bem o que faz.