A casta Bonarda foi emblemática dos tintos argentinos, até ser suplantada pelo Malbec. Nos anos 70 e 80, era a principal fonte dos vinhos de grande consumo, originando até os ditos “Borgonha” daquele país. Aos poucos, foi havendo um maior cuidado na viticultura e na elaboração, e hoje há bons e excelentes Bonarda argentinos. Pudemos provar alguns, em excelente degustação de estréia coordenada pelos confrades Alexandre Annes Henriques e Ana Paula Machado, em 30 de junho de 2016, de vinhos trazidos de sua recente viagem a Mendoza. Os vinhos foram os seguintes:
1. Familia Zuccardi, Alma 4 Bonarda espumante tinto método champenoise, Santa Rosa, Mendoza. Uma raridade, produto muito original. Espuma abundante, cremosidade. Taninos suaves, embora seco. Nesta apresentação, agradou a maioria, desagradou a alguns.
2. Rutini, Trumpeter Bonarda Reserva 2014, 13,90°, Tupungato. Vinho de base da vinícola, leve, agradável.
3. Nieto Senetiner, Reserva Bonarda 2011, 14°, Agrelo, Luján de Cuyo. Vinho mais potente, muito bom.
4. Nieto Senetiner, Don Nicanor 2012, 14°, Agrelo, Luján de Cuyo. Belo vinho.
5. Familia Zuccardi, Emma Zuccardi 2012, 14°. Excelente.
6. Bodega Aleanna, El Enemigo 2011, Bonarda 85% (El Mirador, Rivadavia), Cabernet Franc 15% (Gualtallary), 13,9°. Grande vinho, aroma intenso e retrogosto muito longo. Um dos dois melhores da noite.
7. Nieto Senetiner, Cadus 2010 Finca Las Tortugas , 14°, Agrelo, Luján de Cuyo. Aroma intenso, muito longo, o outro melhor da noite.

Portanto, excelente degustação proporcionada por confrades que trazem vinhos de suas viagens, dentro de uma cultura típica das Quintas.
Destaque-se que já tivemos uma degustação de Bonarda, em 22 de setembro de 2005, relatada nesta página das Quintas, sendo possível, a partir dos comentários, constatar clara evolução dos tintos argentinos desta casta.