Uma degustação não anunciada, e às cegas, pôs à prova a sagacidade dos associados das quintas-feiras (na data, treze confrades), em 10/8/2006. Organizada por Jandyra e Ducati, foi informado somente que seriam dois países, sendo uma cepa branca, outra tinta, em duas baterias. Perguntava-se cepa, país, e quanto cada degustador pagaria pelo vinho. Os vinhos foram os seguintes, na ordem de serviço:
Tabalí Reserva Especial Chardonnay 2004 – 13,5% – Valle de Limarí – Chile
Bettú Chardonnay 2005 – 15% – Garibaldi – Brasil
Villa Francioni Lote I Chardonnay – 13% – São Joaquim – Brasil
Merlot de Mariana 2005 – 11,5% – Mariana Pimentel – Brasil
Hex von Kaffeeschneiss Merlot 2005 – 12% – Picada Café – Brasil
Villa Bari Merlot 2003 – 13% – Porto Alegre Brasil
Oremus Merlot 2005 – 12% – Flores da Cunha – Brasil
Nos brancos: Agradaram muito. O Bettú teve leve vantagem nas avaliações, seguido pelo Tabalí. São vinhos muito parecidos, com madeira. A identificação como Chardonnay foi quase unânime. A origem chilena foi a mais lembrada. Note-se que os nacionais, de dois terroirs bem distintos, têm a mão Bettú, o que dá à prova um caráter muito didático. Os preços, na ordem (quanto pagaria), (quanto custa): Tabalí (66), (66); Bettú (49), (60); Francioni (35), (66).
Nos tintos: Menos bem avaliados. Os três primeiros foram muito identificados como nacionais, enquanto que o Oremus teve dominância de votos chilenos (6) e nenhum como brasileiro. A identificação como Merlot foi quase unânime. Note-se que o Bari (Agrovinícola Barichello Ltda.) e o Merlot de Mariana (parreiral do Ducati) foram elaborados pelo mesmo vinhateiro, Vilmar Bettú. O terroir da Vila Nova, em Porto Alegre, caracteriza-se por uma temperatura com poucos gradientes, as noites de verão sendo quentes, como bem sabem os porto-alegrenses, enquanto que em Mariana Pimentel as noites de verão são mais frescas. Os preços: Mariana (21), (não comercializado); Hex (18), (30); Bari (19), (44); Oremus (31), (9,95).
A surpresa da noite, portanto, foi o vinho Oremus, produzido pela vinícola Fante, de Flores da Cunha, que, a menos de dez reais, foi considerado chileno, francês, mas nacional, não.