Os horizontes vinícolas do Rio Grande se expandem: a cada dia, apaixonados pioneiros implantam vinhedos em novos rincões gaúchos.
Mas, serão bons estes vinhos de fora das regiões tradicionais? Esta foi a pergunta, em degustação organizada por nosso confrade Paulo Mazeron em 28.2.2008, à qual compareceram onze associados e convidados. Estava presente o produtor Sérgio Ferreira, com vinhedos de diversas cepas em Tapes, próximo à Lagoa dos Patos.
Em prova em duplo cego, foram degustados seis vinhos aos quais foi acrescentado, como termo de comparação, um vinho chileno de uma conhecida vinícola.
Computada a pontuação atribuida por cada um dos participantes, os vinhos ficaram assim classificados:
1º. Merlot de Mariana, 2006, vinhedos do associado Jorge Ducati, em Mariana Pimentel, vinificado por Vilmar Bettú, 14 pontos; vantagem no empate técnico (maior número de primeiros lugares) com:
2°. Vinhas da Lagoa, Merlot 2006, de Sérgio Ferreira, Tapes, também com 14 pontos;
3º. Bettú Marselan 2004, Garibaldi,11 pontos;
4º. Don Guerino Merlot 2004, Casa Motter, Caxias do Sul, 8 pontos
5º. Santa Carolina Cabernet Sauvignon, Chile, 7 pontos
6º. Bettú Corte Bordales D 2001, Garibaldi, 6 pontos.
7º. Ouro Negro Cabernet Sauvignon 2005, Calza, Monte Belo, 5 pontos.
Tratando-se de prova às cegas, e frente à pontuação claramente maior dos vinhos situados em primeiro lugar, ambos oriundos de vinhedos ao sul de Porto Alegre, nas coxilhas próximas à Lagoa dos Patos e da Serra do Herval, temos uma clara indicação de que nova região, ou mesmo, um novo terroir, desponta na vitivinicultura rio-grandense.