A casta Malbec, que dá origem aos vinos de Cahors, na França, tornou-se muito mais famosa na Argentina, onde é a cepa emblemática. Na França, os vinhos de Cahors eram, até há alguns anos, produtos de média qualidade, mais leves e ácidos se comparados aos do Novo Mundo; mas a competição com os vinhos argentinos fêz com que muitos vinhateiros franceses repensassem seus métodos, e surgiram produtos mais ao estilo “moderno”. E como ficou? nossa confrade Maria Cristina Matos trouxe belos vinhos para que víssemos o que houve, em 13 de junho de 2013, para treze degustadores. Em degustação que teve dois momentos, sendo o segundo acompanhado de grelhados muito bem preparados pelo Celso Dini, foram servidos seis vinhos, com a informação que eram três do Novo Mundo, e três do Velho Mundo. Perguntou-se quais eram de cada região, e qual o melhor. Os vinhos foram os seguintes:
1. Cahors Chatons du Cèdre 2008, 13°, R$ 55;
2. Saurus Malbec 2011, Neuquén, Argentina, 14,5º;
3. Cahors Purple, Chateau Lagrezette 2011, 14,5º;
4. Caliterra Tributo Single Vineyard, block Espino 2008, Colchagua, Chile, 14°;
5. Luis Segundo 2005, Mendoza, Argentina, 14,5°, R$ 138,00;
6. Cahors, Chateau Lamartine 2006, 13°;
A grande surpresa foi que, do ponto de vista da concentração, os vinhos eram praticamente indistinguíveis. A prova disto foi a grande dispersão nas opiniões coletadas, indicação de que o estilo sul-americano foi adotado com sucesso pelos produtores franceses, os quais, além disto, estão com preços bem competitivos. De qualquer modo, todos vinhos estavam muito bons; os destaques foram o Luis Segundo como o melhor vinho, seguido pelo Purple (o qual contém 10% de Merlot).