A degustação de 25 de julho de 2019 foi organizada pelo confrade Jorge Ducati, e foi sobre três castas do norte da Itália.
O clima relativamente mais frio do norte da Itália enseja o cultivo de variedade de uvas autóctones e que pouco são encontradas em outros lugares do Mundo. Hoje estaremos degustando vinhos de:
– Lagrein. Típica do Trentino – Alto Adige, ou seja, o sul do Tirol, começa a ser citada no século XVII. Aparentemente (DNA) é descendente do Teroldego. Tende a produzir vinhos rústicos, tânicos e ácidos. Também cultivada na Califórnia, Austrália, e por um único produtor no Brasil.
– Teroldego. Da região do Trentino, citada a partir do século XV. Aparentada ao Marzemino e à Syrah. Vinhos tânicos e de longa guarda. Também cultivada na Califórnia, Austrália, na Serra Gaúcha e na Serra do Sudeste.
– Garganega. Casta branca típica do Vêneto, com grande produção do vinho Soave DOC e DOCG, citada a partir do século XIII. Muito vigorosa, necessita cuidadosa condução. É o vinho branco italiano mais exportado. Vinhos frutados, até minerais. Também cultivada no sul do Brasil (Santa Catarina e Mariana Pimentel).
Os vinhos são os seguintes:
1. De Valier, Soave 2010, 12°.
2. Leone di Venezia, Garganega 2015, 13,6°. Produzido pela vinícola de Saul Bianco, em São Joaquim, Serra Catarinense. Muito pequena produção.
3. Cantina Rotaliana di Mezzolombardo, Teroldego DOC 2016 VQPRD, 13°.
4. Angheben, Teroldego, 13°. Produzido com uvas de Encruzilhada do Sul. Este vinho é um corte das safras de 2013 (10%), 2014 (20%), e 2015 (70%). Produção minúscula.
5. Peter Zemmer, Lagrein 2018, 13°.
6. Barcarola, Lagrein 2016, 13°. Vinhedos no Vale Aurora, Bento Gonçalves. Produção de 2100 garrafas. Aparentemente é o único produtor no Brasil.
Bons vinhos, sem maiores diferenças entre o italiano e o brasileiro, com exceção do Lagrein, onde o produto brasileiro teve menor destaque.