Na degustação de 1° de agosto de 2018, o confrade Paulo Kronbauer trouxe para a SBAV das Quintas vinhos de quatro regiões espanholas, alguns deles elaborados com uvas provenientes de vinhedos orgânicos ou biodinâmicos. É conhecida a reticência da SBAV frente a alegações anti-científicas, como é o caso da superstição biodinâmica. Em todo o caso, se os vinhos são bons, menos mal. Não ficou claro se alguns dos vinhos era realmente biodinâmico, pois embora a importadora assim o afirmasse, não encontramos evidências nas fichas técnicas. Na degustação, que foi às claras, os vinhos estavam parecidos, já no estilo espanhol mais moderno, no qual os vinhos, embora encorpados, já não apresentam o excesso de madeira dos tempos mais antigos. Bons vinhos, de preços entre 50 e 100 reais, a saber:

1. Gratavinum, 2pi-r 2007 (Garnacha 60%, Cariñena 25%, Cabernet Sauvignon 10%, Syrah 5% – Priorato), 14,5°.
2. Finca Imperatriz, Rioja 2009 Crianza (95%Tempranillo, 3% Garnacha, 2% Viura), 14°.
3. Flor de Carche vino ecologico, (100% Monastrell – Jumilla), 14,5°.
4. Tierras Guindas Tempranillo 2016 (Ribera del Duero), 13,1°.

Após esta volta espanhola, ainda tivemos um bom vinho de sobremesa, este sim derivado da biodinâmica, como bem pudemos perceber quando de nossa visita à Avondale em 2014:
5. Avondale, Muscat blanc 2008 (Paarl, África do Sul), 16°.

Como dito, é um bom vinho, neste caso com dez anos, já apresentando tons mais dourado-escuros, e não tendo mais o frescor e aroma do Moscatel de Frontignan, o que no caso não é defeito. Acompanhado de tâmaras, ficou ótimo.