A identificação às cegas de castas não é fácil. Ainda mais se a casta é tinta e o vinho não. Mas segue o aprendizado, como na degustação de 8 de dezembro de 2016, organizada por Alexandre Henriques e Ana Paula Machado com vinhos trazidos de suas viagens. O espumante de abertura foi:
1. Chandon, Baron B Extra Brut (Pinot Noir, Chardonnay – Agrelo, Argentina), 13°. Velho conhecido da SBAV, este belo produto é um dos melhores espumantes argentinos.
Seguiram-se quatro vinhos servidos às cegas, sendo perguntada a casta (entre quatro opções). Inicialmente foram servidos dois rosés:
2. Abreu Garcia, Malbec rosé 2015 (Planalto Serrano, Santa Catarina), 11,4°. Ótimo vinho, delicado.
3. Viu Manent, Malbec rosé 2016 (Malbec 85%, Syrah 15% – Colchagua, Chile), 12,5°. Mais encorpado, muito bom.
Após foram servidos dois tintos, perguntando-se ainda qual o mais antigo, e quais os anos das safras:
4. Andeluna, Altitud 2010 Malbec (Tupungato, Argentina), 15,8°.
5. Andeluna, Altitud 2011 Malbec (Tupungato, Argentina), 14,8°. Ambos excelentes vinhos, mais equilibrados do que muito similares andinos.
Ou seja, foram servidos quatro Malbecs. Nos rosés não houve muitos acertos, mas a situação melhorou para os tintos.
Estes vinhos foram acompanhados por duas paellas preparadas pela Ana Paula, uma mais convencional e uma raríssima, com arroz negro. Excelentes e que deram lugar a discussões sobre harmonizações, com opiniões de que a paella negra harmonizava melhor com os tintos.
O “grand finale” foi um vinho doce trazido no colo da Austrália, acompanhado por docinhos:
6. Brown Brothers, Patricia Late Harvested Noble Riesling 2008 (King Valley, Australia), 11°, 375ml. Belíssimo vinho, com looongo retrogosto.