A reunião das Quintas da SBAV de 15 de setembro de 2022 ocorreu em grande estilo, com memorável degustação de antigos Tannat. Esta casta, originária do sul da França, deu-se bem no Uruguay e no Rio Grande do Sul, já havendo mesmo alguma produção na Argentina. Vinhos que quando jovens são muito tânicos, o que desagrada alguns, mas que, exatamente devido a esta característica, potencializa uma longa guarda para os vinhos de alta gama. Valorizando este aspecto, tivemos em 15 de setembro de 2022 uma apresentação de Tannats antigos, trazidos pelo confrade Jorge Ducati. Degustação às cegas, com a informação que eram monovarietais de três países. Após muito debate, chegou-se perto de desvendar o mistério, com apenas uma sugestão correta pela associada Maria Beatriz Avancini. Parabéns à confrade!

Vinhos excelentes, em pleno vigor, foram muito bem com churrasco que acompanhava. Os vinhos:

  1. H. Stagnari, Tannat Viejo “La Caballada” 2000, Salto, Uruguay, 13°. Este é um clássico da casta, multi-premiado. Na degustação, foi o vinho mais leve e que talvez tenha apresentado alguns sinais do tempo. Bom vinho, é claro, mas em desvantagem no embate com os outros.
  2. Lidio Carraro, Tannat Grande Vindima 2005, Encruzilhada do Sul, 16,26°. Belíssimo vinho, 17 anos e ainda vai longe! Para muitos o melhor da noite. Notas de chocolate, complexo. Vinho caro, as safras recentes estão a R$690 (!!).
  3. Viñedo de los Vientos, Algel’s Cuvée Ripasso de Tannat 2007, Atlántida, Uruguay, 14°. Um ripasso, incrível e excelente. Notas de chocolate, mais austero, grande realização do talentoso pablo Fallabrino. Comprado na origem por USD 55, vale cada centavo.
  4. Alain Brumont, Château Montus La Tyre 2001 (Appellation Madiran Controlée), 14,5°. Talvez o melhor Tannat do mundo, grande vinho, 21 anos e vai longe. Equilíbrio, complexidade, discrição, jóia vinda do vinhedo La Tyre. Comprado na origem por 101 euros.

Como vinho de sobremesa tivemos uma raridade, um Montus Vintage Vin de Liqueur 100% Tannat 2010, 16°. Fantástico, acompanhado por pastéis de Belém. Comprado na origem por 21 euros.

Na abertura dos trabalhos, como espumante de boas vindas, tivemos um ótimo Guatambu Rosé método tradicional, 12,5°, uvas Gewurztraminer e Pinot Noir de Don Pedrito.