Chilenos de assemblage e varietais: 4.5.2006

Na quinta-feira (quatro de maio), em reunião destacada pelo grande presença de confrades, foram degustados vinhos chilenos de várias castas. A seleção de cinco vinhos para a reunião, organizada pela confreira Myriam Kapczinski, foi possibilitada pelo acesso obtido em viagem recente ao Chile, a alguns vinhos menos disponíveis no mercado gaúcho, além da curiosidade do grupo em conhecer mais produtos da menor e mais recente região produtora do Chile, Valle de San Antonio- Leyda.
Foram desgustados dois assemblages (Caballo Loco Number Seven e Epu, 2001), e os varietais Montes Alpha Syrah, 2003 (destacado pela Wine Expectator com o sexagésimo segundo lugar no ranking dos cem melhores vinhos do mundo em 2005), De Martino Pinot Noir, 2004 e Leyda Sauvignon Blanc, 2005 (ambos do Valle de Leyda).
Os vinhos degustados foram considerados pelo grupo como bons representantes do Chile. O Leyda Sauvignon Blanc recebeu a categorização “hors-concours” por seu aroma potente e complexo, frescor, textura sedosa e persistência prolongada. Um exemplo de harmonia entre nariz e palato. O Syrah Montes Alpha foi destacado entre as cepas tintas, mostrando aromas de frutas vermelhas maduras, madeira, caramelo, baunilha, mel e especiarias. No palato mostrou-se bem estruturado e persistente, com taninos macios, um vinho elegante. O assemblage Caballo Loco Number Seven, ainda um pouco austero, de intenso rubi, mostra aromas de madeira, frutas secas, chocolate, com notas de café. Bom corpo, com taninos marcantes e equilibrados, longo final. No momento, pareceu ao grupo um vinho mais complexo no palato que no nariz. O Pinot Noir, 2003, mostra a manutenção da qualidade dos produtos da De Martino (a safra 2002 foi destacada como o terceiro melhor pinot noir chileno pelo Guia de Vinos de Chile, edição 2004). De cor vermelha clara, brilhante e límpida, seu aroma mostra madeira, chocolate e um encantador frutado de framboesas após algum tempo na taça. No palato destaca-se por seu frescor e equilíbrio. O assemblage Epu, 2001, de cor vermelha escura, com notas laranja da evolução, mostra bom corpo, taninos marcados, denso, lembra o número um Almaviva, da Viña Almaviva, porém com menor elegância, sendo um adequado número dois.